segunda-feira, 11 de outubro de 2010

E quem nunca se sentiu assim?

Acomodei-me a me sentir assim tão sozinha às vezes, a sentir falta de carinhos e um pouco mais de atenção.
E quem nunca se sentiu assim? Como se nada preenchesse o espaço vazio que existe por dentro, como se o céu estivesse escuro e o sol não nascesse nunca. Eu sinto falta dos bons e simples momentos com pessoas especiais e que se importam, sinto falta dos tempos sem problemas, das coisas fáceis de sonhar e de acreditar. Todas sonham com o conto de fadas, e talvez isso tudo esteja acontecendo, porque o sonho de tal conto se chocou com a realidade, isso incomoda e eu insisto ainda assim. Por que não acreditar? Até que me provem o contrário, tudo é válido e possível. Ah, mas tudo continua vazio, só tenho a companhia dos meus sonhos, talvez não seja o suficiente. Alguém pra que eu compartilhasse seria tão melhor, mas tantos me olham como a coitada que espera demais, acredita demais e nada tem. Isso não me faz mal, me fortalece, e ainda espero. Espero o dia em que apareça o sol outra vez, o dia em que eu não me sinta tão sozinha, que as pessoas passem a entender o que eu digo, sem fingir. Eu só preciso de mais vida, menos acomodação, preciso das coisas diferentes.

Ana Luísa e Maria Alice.

domingo, 10 de outubro de 2010

Ele só queria,

ser alguém. Ele só queria se destacar, só queria que as pessoas o reconhecessem. Queria que todos soubessem seu nome, sem estar interessado se falavam bem ou mal, mas que falasse dele. Ele era uma pessoa boa, mas queria ser outra, e isso dificultava sua maneira de ser. Conhecia pessoas falsas, sujas, perigosas, mal amadas, pra que? Pra depois quando essas pessoas enjoassem dele, o abandonassem. O coração dele sempre ficava despedaçado, mas ela, sua amiga de verdade, que não se destacava e não ligava se as pessoas sabiam quem era ela ou não, sempre o ajudava. Ela sim, sempre estava do lado dele, dando os melhores conselhos, se preocupando. Ele percebia, e retribuía, eram como irmãos, um cuidava do outro. Mas algo entre eles foi mudando, ele olhava pra ela de uma forma diferente, via a quão pura era aquela menina que estava ali na sua frente, estava apaixonado. Já ela também estava, mas não por ele. Ela era apaixonada pela vida, pelos amigos, pelos pais, pela família, não ligava pra essas coisas, ela era feliz. Eles morreram velhinhos, sempre amigos, mas ele nunca disse para ela o que sentia de verdade, nunca contou pra ninguém de quem gostava como também nunca amou outra pessoa sem ser ela. A mesma, sempre o via como um amigo, nada mais do que isso, uns dizem que se ele tivesse dito pra ela, eles teria tido uma linda história de amor, outros dizem que a amizade deles era maior do que qualquer barreira. Ninguém sabe, nem nunca vai saber. Mas essa história é vivida por muito de nós, basta apenas escolhermos o final!